Inicio
O nome Vito vem do criador da marca, Vito Pascucci, que quando era jovem, foi musico na escola que frequentou na cidade de Kenosha - EUA. Ele sempre foi apaixonado pela construção de instrumentos, e logo aprendeu sobre construção de instrumentos quando trabalhou como aprendiz de verão na fabrica de instrumentos HOLTON. Quando estava no colegial, complementava a renda de sua casa, trabalhando com reparos de instrumentos na loja de instrumentos de seu irmão. Durante o serviço militar, suas habilidades lhe renderam o posto de trompetista e reparador de bandas de campo do exercito, depois foi transferido para o Army Air Corps Band, e fez varias viagens pela Europa.
Em uma viagem para a França, Vito visitou a fabrica da Leblanc, seu guia no dia era Leon Lebranc, dono da fábrica. Em 1946, Vito voltou para Kenosha, onde iniciou uma filial da Lebranc nos EUA. Por volta dos anos 50, a demanda estava muito alta nos EUA, de forma que a matriz na França, não conseguia atender o mercado, e de forma gradativa os instrumentos fossem fabricados nos EUA.
Inicialmente eram fabricados apenas clarinetes de plástico de nível estudante, enquanto os de nível intermediário e profissional em que eram de madeira nobre, eram fabricados na França. Nessa época a linha de saxofones ainda não era fabricado na fabrica da Leblanc, para isso eles tinham uma subsidiária que os fabricava, a Beaugnier, que ficava em Mantes do outro lado da rua da fabrica da Selmer de forma que muitos ex- funcionários da Selmer acabavam trabalhando lá e vice versa. Era fabricado a linha completa de saxofones, com alta qualidade, porém pelo fato de serem ainda bastante artesanais, sua produção era bem limitada, e o custo final de fabricação ficou muito alto, forçando que a planta de fabricação fosse fechada. Vito Pascucci sempre admirou o timbre dos saxofones SML, e sempre buscou algo parecido em seus saxofones. e por algumas vezes tentou comprar a fabrica da SML, mas não teve exito nisso.
Por volta de 1970, Vito começou tercerizar sua produção para fabricas asiáticas, sendo Yamaha e Yanagisawa do Japão e KHS (Jupiter) da China. Nessa época a qualidade dos instrumentos caiu muito, sua venda era direcionada apenas para o publico iniciante. Nos seus últimos anos de vida, perto dos anos 2000, Vito Pascucci ainda sonhava em comprar a SML e voltar a fabricar um saxofone com a mesma qualidade dos primeiros SML.
Modelos
Série 35
Conhecido como 35 System, ou 35 Semi Rationale foi um projeto Leblanc (existem saxofones Leblanc muito parecidos visualmente), compõe basicamente de um keywork diferente do normal, com recursos adicionais para acionamento G# e uma chave para acionar o high F# na mão esquerda. Saxofone considerado Profissional, fabricado e montado na França. Neste modelo foram fabricados apenas saxofones altos Eb.
- Vito Série 35 Eb Alto:
Catalogo de propaganda da época:
Este modelo teve como endoser o saxofonista Johnny Hodges, grande músico de Jazz:
Segue o Vídeo em que é mostrado seu saxofone sendo desmontado e remontado, mostrando detalhes:
Video da musica "Don't Get Around Much Anymore", Muito bom...
Série 37
Este modelo, é um modelo mais simples e não conta com os recursos presentes no modelo 35. Suas partes eram fabricadas na França, depois eram enviadas para os EUA para ser montado e vendido. Era um modelo intermediário. Não tem o Keywork Semi Rationale, não possui o high F#.
- Vito Série 37 Eb Alto:
- Vito Série 37T Bb Tenor:
Modelo V- Series
Este nome "V Series" foi atribuído, devido a letra V preceder o numero serial. Este saxofone é 100% americano, desde a fabricação das partes, até a montagem e regulagem. Foi fabricado uma versão Standard e uma versão Deluxe com acabamento mais elaborado. Sendo fabricados apenas Altos (nunca vi um Tenor, Soprano ou Barítono).
- Vito V Series Standard Eb Alto:
- Vito V Series Deluxe Eb Alto:
Modelo 38 Duke
Este modelo é um modelo mais voltado para o Jazz, Seu keywork é no padrão do Selmer Mark VI, não possui o recurso High F#. Este saxofone foi 100% projetado e fabricado pela Beaugnier, sendo feitos artesanalmente, com alto controle de qualidade de construção e timbre, diferente dos anteriores, pode se observar pela diferença nas chaves da campana. O timbre escuro e bem afinado com grande volume de som, graças a campana Big Bell.
- Vito 38S Duke Bb Soprano:
- Vito 38 Duke Eb Alto:
Catalogo de propaganda na época:
- Vito 38T Duke Bb Tenor:
- Vito 38B Duke Eb Barítono:
- Vito 38BB Duke Bb Baixo:
Modelo 39 Duke Special
Este modelo é praticamente igual ao modelo 38, procurei alguma diferença e a unica diferença que encontrei foi o engraving "Special" na parte traseira da campana, o reforço no tudel e a ligação de fixação entre o corpo e campana.
- Vito 39 Special Eb Alto:
Algo que observei, a foto do catalogo um todo um acionamento diferenciado no conjunto G#, baixo C#, B e Bb, mas na pratica, mantiveram acionamento do modelo 38.
- Vito 39T Special Bb Tenor:
Modelo Estudante 7XXX (7131, 7131R, 7131RK, 7131TK, 7133, 7136, etc)
Este modelo foi introduzido no inicio de 1970, como já mencionei, nessa época a fábrica da Beaugnier na França fechou. Foi contratado um novo projeto e fabricação de saxofones direcionados para o mercado estudantil, sem ambição alguma para o mercado intermediário e profissional. Seus pontos fortes são a fácil emissão de som, ergonomia focada para iniciantes, e boa construção. Esse projeto basicamente é o mesmo projeto do Yamaha 23. O projeto era da Yamaha, e a fabricação variava entre Yamaha e KHS (Jupiter).
- Vito 7XXX Eb Alto:
- Vito 7XXX Bb Tenor:
Vito Modelo VSP
Este modelo é tem as letras VSP estampado na lateral e na frente da campana. São instrumentos Yanagisawa (projeto e fabricação). São instrumentos de ótima qualidade de construção e de timbre, especialmente para os saxofones Soprano. Segue a conversão de modelos Vito VSP e Yanagisawa.
Vito VSP Yanagisawa
Soprano S-6
Alto A-600/A-800/A-880
Tenor T-800/T880
Baritono B6
- Vito VSP Bb Soprano (Yanagisawa S-6):
- Vito VSP Eb Alto (Yanagisawa A-600/ A-800):
- Vito VSP Bb Tenor (Yanagisawa T800/880):
- Vito VSP Eb Baritono ( Yanagisawa B6):
Próximo post, ainda no assunto Vito, pretendo mostrar como escolher um bom Vito, de nível intermediário até profissional, com dicas e observações preciosas que muitos deixam passar.
